terça-feira, 24 de novembro de 2009

Colômbia estranha silêncio de países amigos perante ameaças da Venezuela

24/11 - 05:18 , atualizada às 06:10 24/11 - EFE

Bogotá - A Comissão Assessora de Relações Exteriores da Colômbia manifestou hoje sua estranheza pelo silêncio dos "países amigos" frente às ameaças de agressão militar da Venezuela, informaram fontes oficiais.

"Em relação com nossos problemas com a irmã República Bolivariana da Venezuela, a Comissão quer expressar sua estranheza porque muitos países amigos guardaram silêncio perante as ameaças de agressão militar por parte da Venezuela", assinalou o porta-voz da Comissão, o ex-presidente colombiano César Gaviria Trujillo (Liberal, 1990-1994).
Gaviria, que também foi secretário-geral da OEA, acrescentou que a Comissão também estranha "o silêncio perante o bloqueio econômico que a Venezuela está praticando com a Colômbia" porque viola os acordos comerciais regionais e da Organização Mundial do Comércio.
Historicamente, Caracas e Bogotá tiveram diferenças, mas jamais as relações diplomáticas tinham chegado a ser tão tensas, sobretudo após a assinatura de um acordo de cooperação militar entre Colômbia e Estados Unidos, que permite a este último utilizar sete bases colombianas para teoricamente lutar contra o narcotráfico e o terrorismo.
Segundo o presidente venezuelano, Hugo Chávez, essa iniciativa é desestabilizadora para a região e exortou ao Exército venezuelano e à população que se preparem para a guerra.
Ao tenso clima também se somaram situações como o assassinato na Venezuela de nove colombianos nos últimos meses, assim como a destruição por parte da guarda venezuelana de duas pontes artesanais alegando que eram utilizadas por narcotraficantes.
Uribe, que não respondeu aos insultos de Chávez, qualificou de "grave a destruição das duas passagens" e deu instruções para transmitir uma queixa formal na ONU e na OEA.
Por outra parte, a Comissão Assessora se mostrou satisfeita pelos avanços conseguidos para restabelecer as relações diplomáticas com o Equador, quebradas desde março de 2008, após um bombardeio de militares colombianos a um acampamento das Farc no país.
Neste sentido, ressaltou a nomeação dos encarregados de negócios pelos dois países como um gesto positivo para restabelecer a normalidade entre ambos países.
A Comissão Assessora, formada, entre outros, por ex-presidentes e ex-chanceleres, avaliou o relatório apresentado pela Missão de Política Externa que entregou como recomendação primordial a abertura da Colômbia em direção à região da Ásia Pacífico.
Fonte: Ig
Nota do blog:
Enquanto o Presidente Lula se candidata a ser mediador para as questões do Oriente Médio, a situação na América do Sul cada dia se complica mais. O Brasil assiste impotente à crise envolvendo Chile e Peru e, em um estágio mais avançado de risco à paz no Continente, à ameaça de guerra entre Venezuela e Colômbia.
Se nem o "dever de casa" o Presidente faz, o que o faz pensar que pode solucionar um problema histórico como o do Oriente Médio?

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